O Rio de Janeiro fez avanços nos preparativos, mas entrou no
período mais intenso de preparação e precisa acelerar o ritmo das obras em pelo
menos três arenas que estão com o cronograma bastante apertado para a
realização de eventos-teste ainda este ano, afirmou nesta quarta-feira a
comissão de coordenação do Comitê Olímpico Internacional (COI) em vista à
cidade.
“Ficamos satisfeitos com o progresso feito nas arenas,
visitamos Barra e Deodoro para testemunhar todo progresso que foi feito… mas o
Rio está entrando no período mais intenso da preparação, um período em que o
Rio precisa ter um novo nível de detalhamento nos preparativos dos
eventos-teste”, disse Nawal El Moutawakel, presidente da comissão, em
entrevista coletiva.
“Essa intensidade será totalmente vista em locais como as
instalações do golfe, o velódromo e do hipismo, que têm um cronograma muito
agressivo para estarem prontos a tempo para os eventos-teste”, acrescentou a
dirigente, na 8a visita da comissão à cidade, a pouco menos de um ano e meio da
realização dos Jogos.
Além dos cronogramas apertados nessas instalações
esportivas, o COI ressaltou que as obras que precisam de maior atenção são os
projetos de transporte e as construções de hotéis.
Quando se candidatou aos Jogos, o Rio tinha 18 mil quartos
de hotel e precisava chegar a 40 mil para o evento. De acordo com o comitê
organizador Rio 2016, a cidade já tem 36 mil quartos e o restante será
construído a tempo antes da Olimpíada.
Já a construção da Linha 4 do metrô, a mais importante para
os Jogos Olímpicos por ligar a Barra da Tijuca ao restante da cidade, sofreu
problemas na perfuração que representaram atrasos nas obras.
“Muito trabalho precisa ser concluído este ano para que a
experiência dos Jogos seja de mais alto nível para os atletas e espectadores”,
disse Nawal.
Sobre a poluição da Baía de Guanabara, problema que tem
acompanhado a preparação da cidade para os Jogos desde que o governo do Estado
disse que não cumpriria a meta de despoluição, o COI afirmou ter recebido
garantias das autoridades de que continuarão a buscar o objetivo de tratar 80
por cento do esgoto lançado na baía.
“Eles reafirmaram os 80 por cento”, disse o diretor de Jogos
Olímpicos do COI, Christophe Dubi, na entrevista, sobre as reuniões com as
autoridades fluminenses.
Portal Terra
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