Quando o analistas de sistemas Erick Costa acordou na manhã
desta sexta-feira, em Belém do Pará, 50 mil novos usuários haviam baixado seu
aplicativo de mensagens instantâneas. Um recorde.
Beneficiado pela crise instaurada após a justiça do Piauí
pedir o bloqueio do WhatsApp em todo o país, o dono da versão tupiniquim do app
- chamada Zapzap - comemora um salto estatístico inédito: mais de meio milhão
de novos downloads desde a última quarta-feira.
A ironia é que "Zapzap" é o apelido informal pelo
qual milhares de brasileiros conhecem o original WhatsApp. Costa, que
transformou o apelido em marca registrada em maio do ano passado, diz só ter
"aproveitado a oportunidade".
"Já que íamos criar um mensageiro 100% brasileiro,
decidi escolher o nome mais brasileiro possível", disse ao #SalaSocial.
"Zapzap é um nome que todo mundo ia aceitar. Poderia ter escolhido outro
qualquer, mais não ia ter essa penetração."
Retorno
Apesar do trocadilho, ele diz nunca ter sido procurado pelos
donos do Whatsapp - cuja crise se tornou sinônimo de rentabilidade para a
concorrência.
"Para a gente o retorno foi fantástico. O brasileiro
que não queria ficar fora do WhatsApp partiu para a nossa ferramenta. Foi uma
opção natural", diz Costa.
Nem tão natural assim. Com medo do fim do WhatsApp, usuários
brasileiros criaram correntes dentro do próprio aplicativo incentivando a
migração para o Zapzap.
"Não tivemos nada a ver com isso", ressalta Costa.
"Não mandamos nenhum tipo de propaganda."
BBC Brasil
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