Dois grandes patrocinadores da Fifa e de Copas do Mundo
aumentaram a pressão, nesta sexta-feira, para que a entidade mundial de futebol
promova significativas reformas, em meio a um escândalo de corrupção que jogou
uma grande sombra sobre o esporte.
A Coca-Cola e o McDonald deixaram claro que estão
profundamente infelizes na maneira com a qual a Fifa é administrada e querem
grandes mudanças.
A intervenção dos patrocinadores acontece apenas poucos dias
antes de uma importante reunião do comitê executivo da Fifa, na segunda-feira,
que deve discutir tanto possíveis reformas quanto o cronograma para a eleição
de um novo presidente no lugar de Joseph Blatter, que está no comando da
entidade há 17 anos.
A Fifa tem sido alvo de uma série de acusações na imprensa -
e em livros - há anos. O escândalo tomou maiores proporções em maio, quando
promotores norte-americanos indiciaram nove representantes do mundo do futebol,
a maioria deles com cargos na Fifa, além de cinco executivos de marketing e
transmissão, em acusações que incluem suborno, fraude, lavagem de dinheiro e
estelionato.
A Coca-Cola pediu que a Fifa, sediada em Zurique, apoie a
criação de uma órgão independente para reformar sua estrutura de comando.
“Escrevemos para a Fifa e pedimos que eles apoiem uma comissão independente
para reformas”, disse uma porta-voz da empresa de bebidas nesta sexta-feira.
O McDonald’s informou ter dito à Fifa que precisa “haver
mudanças significativas para restaurar a confiança e a credibilidade tanto com
os torcedores quanto com os patrocinadores”, salientando que os controles
internos da entidade e sua cultura para seguir as regras “são inconsistentes
com as expectativas que o McDonald’s tem em relação a seus parceiros de negócio
no mundo.”
UOL Esportes
UOL Esportes
Tags
Esportes