Dois meses e quinze dias após as prisões de sete dirigentes
ligados à Fifa em Zurique, a Justiça norte-americana, que coordenou as
detenções junto à polícia suíça, ainda busca agilizar o processo de extradição
de alguns envolvidos no escândalo de corrupção. Além de um dos empresários, que
será ouvido em tribunal no dia 17 de setembro, outros cartolas são aguardados
pela juíza Loretta Lynch.
O ex-presidente da Concacaf Jack Warner, que está em
liberdade provisória em Trinidad e Tobago, seu país de origem, após ter pago
fiança é um dos envolvidos que pode ter a extradição à corte do Brooklyn
acelerada. Além dele, Nicolás Leóz – que só não foi procurado antes por conta
de problemas de saúde – também tem a extradição pedida, mas segue em prisão
domiciliar na capital paraguaia.
O uruguaio Eugenio Figueredo, que sucedeu Leóz à frente da
Conmebol, segue preso em Zurique, assim como José Maria Marin, e tem a
extradição pedida pelos norte-americanos com urgência. Todos os envolvidos
trabalham junto aos advogados para adiarem ao máximo o processo, que pode durar
até seis meses para que os julgamentos sejam concluídos.
Fazendo uso de tornozeleira e em prisão domiciliar após
pagamento de 19,3 milhões de euros de fiança (cerca de R$ 74,6 mi), o
empresário Alejandro Buzarco, dono da Torneos y Competencias, será ouvido em
tribunal em pouco mais de um mês. O argentino é acusado, ao lado de Hugo e
Mariano Jinkins – donos da Full Play – de pagarem subornos, por meio da
‘empresa fantasma’ Datisa, em troca dos direitos de transmissão de competições
internacionais.
Além de Buzarco, que já tem audiência marcada, outro que
espera para comparecer ao tribunal em território norte-americano é Jeffrey Webb,
ex vice-presidente da Fifa, primeiro dirigente a ser extraditado da Suíça aos
Estados Unidos. Há três semanas, a Procuradoria Geral de Nova York deu a
entender que estava buscando uma data para o julgamento de Webb.
Gazeta Press
Gazeta Press
Tags
Esportes