A Petrobras pretende dispensar de 8.000 a 10.000
funcionários apenas neste ano com o programa de demissão voluntária, iniciado
neste ano. Com inscrições abertas, a inciativa já conta com 2.500 voluntários
até abril.
No ano passado, uma ação semelhante teve 700 interessados,
pessoas que serão demitidas em 2016. Os dados foram divulgados em
teleconferência com analistas, no final da manhã de hoje.
Os programas são parte do plano de reestruturação da
companhia, iniciado com a deflagração da Operação Lava Jato, em que foi
descoberto um esquema de corrupção bilionário.
O cenário desafiador daquela época ainda incluía queda no
preço do petróleo, variação cambial, juros maiores e queda de demanda.
Desde então, cortes em áreas administrativas e operacionais
da companhia vêm sendo feitos em todas as frentes para adequar o negócio ao
novo panorama do setor.
Os resultados das ações parecem estar surgindo aos poucos.
De janeiro a março, a Petrobras registrou um lucro de 1,25
bilhão de reais – bem abaixo dos 37 bilhões registrados no último trimestre de
2015.
Investimentos menores
A empresa fechou as contas de janeiro a março com um caixa
positivo de 21 bilhões de dólares em 2016, ante 26 bilhões de dólares no início
do ano.
Trata-se do quarto trimestre consecutivo em que a estatal
reporta um fluxo de caixa livre positivo.
Para o ano, a maior empresa o país espera investir 15,5
bilhões de dólares, valor 13% abaixo que o desembolsado há um ano, e estima 6
bilhões de dólares em garantias judiciais.
Dezenas de processos contra a empresa foram abertos por
acionistas nos Estados Unidos por conta da Operação Lava Jato.
No período, houve um decréscimo de 9% no endividamento
bruto, fechado em R$ 450 milhões. A valorização da moeda americana contribuiu
para o aumento do endividamento líquido em 3% para 103,8 milhões de dólares.
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