A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra
Cármen Lúcia, homologou as delações de 77 executivos e ex-funcionários da
empresa Odebrecht, nos quais eles detalham o megaesquema de corrupção na
Petrobras investigado na Operação Lava Jato.
Com isso, os mais de 800 depoimentos prestados pelos
executivos e ex-funcionários da Odebrecht ao Ministério Público Federal (MPF)
se tornaram válidos juridicamente, isto é podem ser utilizados como prova.
A expectativa agora é saber se Cármen Lúcia irá retirar o
sigilo das delações, nas quais os ex-executivos citam dezenas de políticos com
mandato em curso como envolvidos no pagamento de propinas. Entre os delatores
está o ex-presidente do grupo Marcelo Odebrecht.
A homologação ocorre após a morte do relator da Lava Jato no
STF, ministro Teori Zavascki, na semana passada, na queda de um avião no mar
próximo a Paraty (RJ). Ele trabalhava durante o recesso do Judiciário para
conseguir homologar rapidamente as delações.
Após a morte de Teori, restou à ministra Cármen Lúcia a
prerrogativa de poder homologar as delações durante o recesso do Judiciário,
por ser presidente do Supremo.
Amanhã (31) é o último dia do recesso do Judiciário.
Agência Brasil
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