Botafogo sofre derrota na Justiça no caso Arão e vai apelar ao STF

O Tribunal Regional do Trabalho do Rio (TRT-RJ) julgou, em segunda instância, nesta terça-feira, o recurso do Botafogo que pretende determinar a volta do volante Willian Arão, hoje no Flamengo, ao clube ou o pagamento de R$ 20 milhões a título de indenização. O jogador deixou General Severiano no ano passado e se transferiu para o Rubro-Negro. O Glorioso alega que a clausula contratual previa a renovação automática, porém, a Fifa proíbe esse tipo de contrato. Os botafoguenses, contudo, seguem esperançosos, já que o caso agora vai parar no Superior Tribunal Federal.

O Botafogo alega que a assinatura do contrato de Willian Arão é anterior à determinação da Fifa que proibia a renovação automática. Até o momento, em instâncias inferiores, a Justiça não tem entendido dessa maneira, porém, no STF é possível que o Botafogo consiga inverter a situação. Anteriormente, em situação semelhante, o atacante Leandro Amaral foi obrigado a deixar o Fluminense e retornar ao Vasco.

Já os advogados de Arão se baseiam na determinação da Fifa e no livre direito do jogador de decidir seu futuro. A data para um novo julgamento ainda não está prevista.

O fato é que o caso de Arão fez “azedar” o relacionamento entre os presidentes do Botafogo, Carlos Eduardo Pereira, e do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello. O primeiro reclama da postura do flamenguista, que em nenhum momento revelou estar negociando com o atleta. O segundo considera a prática comum no mercado. Desde o episódio o Alvinegro se recusa a ceder o Estádio Nilton Santos para jogos do Flamengo, que vem sendo obrigado a atuar fora do Rio de Janeiro.

GE

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