A cada ano vemos aumentar os casos da Febre Chikungunya e
com eles as fortes consequências de debilidade gerada pela doença, sendo a mais
importante a dor nas articulações ou juntas. Causada pelo vírus Chikungunya
(CHIKV), que pode ser transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes
albopictus, a Febre Chikungunya tem a origem de seu nome do idioma africano
maconde e cujo significado, não por acaso, é inclinou-se ou contorceu-se de
dor, porque esta era a forma identificada das pessoas acometidas pela doença,
desde a sua primeira notificação na África, em 1952.
Segundo o neurocirurgião especialista em dor pela UNIFESP,
Dr. Claudio Fernandes Corrêa, apesar de a doença também causar febre alta,
cansaço, apatia, são as dores articulares as principais causas de queixas dos
pacientes. “É uma dor intensa, muito similar aos quadros de processos
inflamatórios reumatológicos, que causam rigidez, perda da flexão do punho,
tornozelos e dedos dos pés e mãos. A febre também causa dores musculares.”
Como se não bastasse o quadro doloroso, a Chikunguya ainda
apresenta caraterísticas de cronicidade, com casos de dor que duram de meses
até mais de um ano. Como ainda não há tratamento antiviral específico para a
doença, as terapias visam amenizar os sintomas.
“Em uma primeira instância são indicados medicamentos com
paracetamol de dois a cinco dias em doses que devem ser reduzidas
gradativamente. Já o processo inflamatório crônico deve ser tratado da mesma
forma com que trata, por exemplo, a artrite reumatoide (uma doença autoimune
crônica). Dipirona pode ser usado e nos casos refratários fosfato de codeína e
tramadol – que é potente opioide”, relata o especialista.
Agência Brasil
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Saúde