Michele Santiago foi protagonista de um casa raro que ocorre
em torno de um para cada 30 mil nascimentos. Ela sofreu uma parada cardíaca
momentos antes de dar à luz. Os médicos realizaram o parto da bebê, batizada de
Maisa, enquanto a mãe estava sem sinais vitais. A criança chegou a nascer em
morte aparente.
Em entrevista à TV Globo, a mãe lembrou que começou a passar
mal ainda no pré-parto. “Comecei a sentir um 'queimor' em cima de mim e minha
respiração faltando. Eu gritava que estava com falta de ar. Foi quando veio uma
agonia. Eu virei para o lado e vomitei. Apaguei. Aí eu não lembro de mais
nada”, diz.
Ao G1, o obstetra que fez o parto explicou o caso. “Em
geral, esse procedimento é realizado numa situação de guerra, com o que tiver,
pega-se bisturi e opera do jeito que der. O hospital parou. De repente eu me vi
numa sala de pré-parto com tudo que eu precisava pra operar. Fizemos a
cesariana de urgência. Tiramos o bebê em situação de morte aparente, mas logo
no primeiro minuto ele já respondeu a uma ventilação por oxigênio, e no quinto
minuto já tinha se recuperado. Eu escutei o choro do bebê. Naquele momento a
equipe se contagiou de alegria”, contou Gláucius Nascimento.
Gláucius notou o ritmo cardíaco da mãe enquanto fechava o
útero. “Foi aí que foi possível realizar um procedimento chamado cardioversão,
comumente chamado de choque. Quando os médicos fizeram o choque, ela retornou
para o ritmo cardíaco regular”, lembrou.
O caso de Michele aconteceu há um mês, exatamente no dia 6
de janeiro de 2017.
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