A assessoria da Polícia Militar do Rio informou, após
contato do EXTRA, que são falsos os comunicados atribuídos à corporação que vêm
circulando pelas redes sociais. Num deles, uma falsa reprodução do boletim
interno da PM, um texto supostamente assinado pelo comandante-geral, coronel
Wolney Dias, avisa sobre uma “greve geral lícita” a ser iniciada na próxima
sexta-feira, data a partir da qual a população deveria evitar “de sair as
ruas”.
Na página oficial da corporação no Facebook, uma nota
classifica protestos como “legítimos”, mas pede que a tropa busque “a melhor
forma de reivindicar nossos direitos”. “Paralisar um serviço essencial afeta
toda a população, incluindo nossas famílias. A quem interessa a barbárie?”,
continua o texto.
Por meio de grupos no WhatsApp, parentes de policiais
militares do Rio estão organizando um protesto como forma de cobrar o pagamento
do 13º salário, do RAS e de metas alcançadas em 2015 devidos aos servidores.
Nas trocas de mensagens, eles estão divididos por batalhões. A ideia é que cada
grupo chegue cedo a uma determinada unidade para impedir a saída dos agentes
para o expediente de serviço, semelhante ao que aconteceu no Espírito Santo, no
último fim de semana.
Segundo pessoas que estão planejando o ato, a ideia é
protestar em frente a todos os batalhões do estado. A manifestação aconteceria
a partir da manhã da próxima sexta-feira. Em função do regimento interno, os
militares não podem fazer greve.
Veja a íntegra da nota divulgada pela PM:
“A violência é um grave problema da nossa sociedade. Dentro
desse contexto, sabemos que o Rio de Janeiro possui peculiaridades na área da
Segurança Pública, só encontradas aqui. Nós, policiais militares, atuamos
diuturnamente nesse cenário e sabemos agir nos casos extremos. A Polícia
Militar do Estado do Rio de Janeiro é a Instituição que garante a “civilidade”,
o ir e vir, o trânsito de pessoas. Só nós conhecemos a realidade nua e crua do
dia a dia de policiamento. No entanto, é preciso pensar que o impacto da nossa
ausência poderá recair sobre nossos ombros, sobre nossas famílias. A nossa
falta causaria males incalculáveis e irreparáveis. Temos a certeza que passamos
por um momento muito delicado, mas é preciso avaliar as consequências dos
nossos atos. Protestos são legítimos, mas precisamos buscar a melhor forma de
reivindicar nossos direitos. Paralisar um serviço essencial afeta toda a
população, incluindo nossas famílias. A quem interessa a
barbárie?#ValorizeQuemteProtege #ServireProtege”
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