A Netflix fechou um contrato com a The C.S. Lewis Company
para desenvolver novas séries e filmes baseados nas série de livros As Crônicas
de Nárnia.
Ted Sarandos, diretor de conteúdo da empresa de streaming
destaca que “As queridas histórias de Lewis sobre Nárnia impactaram gerações de
leitores em todo o mundo. As famílias se apaixonaram por personagens como Aslan
e estamos felizes em ser a sua casa nos próximos anos.”
Ao todo, os livros das Crônicas de Nárnia já venderam mais
de 100 milhões de cópias e estão disponíveis em pelo menos 47 idiomas. As
histórias, com forte apelo aos valores cristãos, já foram adaptadas para o
cinema pela Disney. “O Leão, A Feiticeira e Guarda-Roupa” (2005), “Príncipe
Caspian” (2008) e “A Viagem do Peregrino da Alvorada” (2010), juntos
arrecadaram mais de US$ 1,5 bilhão em todo o mundo .
A Netflix está planejando construir um universo
cinematográfico de Nárnia que engloba produções para cinema e para TV, no
estilo da Marvel, cujas franquias envolvem vários modelos. A ideia foi do
produtor Mark Gordon, que havia negociado com a C.S Lewis Company em 2013 para
um quarto filme da franquia. Sua empresa acabou vendida para a produtora eOne
em 2016, que decidiu apostar em uma séria sobre Nárnia e ofereceram uma
parceria com a Netflix que agora bateu o martelo.
Alegoria do Cristianismo
As Crônicas de Nárnia é uma série de sete livros de
fantasia, escritos por C. S. Lewis entre 1949 e 1954. Seu ator era professor
universitário e teólogo. Escreveu dezenas de obras sobre apologética cristã,
poesias, além de uma trilogia de ficção científica.
Nos textos da série que o tornou mundialmente famoso, em
meio a uma série de personagens mitológicos, há uma clara alusão a mensagem
cristã. Esse elemento acabou minimizado nas adaptações cinematográficas feitas
até agora.
O leão Aslan, por exemplo, era uma alegoria para Jesus. Ele
aparece em todas as histórias como um conselheiro. Em dos diálogos mais
conhecidos, a menina Lúcia aponta para a narrativa do Novo Testamento: “No
nosso mundo também já aconteceu uma vez que, dentro de uma certo estábulo,
havia uma coisa que era muito maior que o nosso mundo inteiro”.
Em “A Última Batalha”, último livro da saga, Aslan aparece
transfigurado em forma de cordeiro. Ele fala com as crianças sobre buscarem
conhece-lo em seu mundo.
“Em todos os mundos há um caminho para o meu país”, explica
falou o Cordeiro. Após revelar ser o leão, explica: “No seu mundo tenho outro
nome. Vocês têm de aprender a conhecer-me por esse nome”.
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