Diego Souza, do São Paulo, se uniu ao time de jogadores que
apoiam o presidente eleito Jair Bolsonaro. Neste domingo, o atacante comemorou
seu gol no empate em 2 a 2 com o Flamengo, no Morumbi, com uma saudação militar
e o tradicional gesto dos seguidores do capitão de imitar armas com as mãos.
Depois do jogo, confirmou que homenageou o político e defendeu seu direito à
liberdade de expressão. Há alguns dias, o ídolo tricolor e atual diretor
executivo de futebol do São Paulo, Raí, disse que Bolsonaro tem “valores
absurdos e repugnantes”.
Além dos gestos, foi possível perceber na imagem da
comemoração que Diego Souza pronunciou a frase “meu capitão”, em referência à
patente do novo presidente brasileiro. Já ciente das reações favoráveis e
contrárias que seu gesto provocava nas redes sociais, Diego Souza falou
rapidamente sobre o assunto na zona mista do Morumbi. “Cada um tem a sua
opinião em termos de política. Espero que respeitem a minha.”
Assim como fez o Palmeiras com Felipe Melo, o São Paulo
procurou tomar distância do episódio. “A manifestação do atleta não representa
a posição da instituição”, afirmou o clube.
No início da semana passada, Raí deu uma entrevista ao
jornal francês L’Équipe, na qual fez duras críticas a Bolsonaro. “Depois do
resultado, fiquei triste e tive muito medo vendo as reações das pessoas que
celebravam a vitória de um candidato que já manifestou valores absurdos e
repugnantes”, afirmou o ídolo do PSG. Raí ainda justificou o apoio de diversos
jogadores de futebol, como Rivaldo, Ronaldinho Gaúcho, Lucas Moura, Felipe
Melo, entre vários outros, a Bolsonaro.
“Eles o apoiam porque acreditam em um país melhor com ele. O
futebol é um reflexo da sociedade. Especialmente seu lado conservador e
suspeito”, afirmou o ex-jogador, que na entrevista lembrou de seu irmão,
Sócrates, um dos idealizadores da Democracia Corintiana, que morreu em 2011.
“Ele foi e sempre será um mito, uma inspiração para a democracia e a
liberdade.”
Redação com Agências de Notícias
Tags
Esportes