Às vésperas da sua primeira viagem a Brasília, depois do
segundo turno das eleições, o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) avisou
neste domingo, nas redes sociais, que a partir da sua gestão surgirá “um novo
momento para o Brasil”. Segundo ele, o “Estado servirá à população” e não o
contrário.
“Surge um novo momento, onde o Estado servirá à população e
não o historicamente destrutivo oposto”, afirmou o presidente eleito na sua
conta no Twitter.
Sem mencionar o nome do adversário Fernando Haddad (PT),
Bolsonaro comparou de forma crítica sua campanha com a do petista. “Gastamos
cerca de 20 vezes menos que o segundo colocado, sem prefeitos, governadores ou
máquinas. Todo o possível quadro foi mudado graças a conexão com o que almeja a
população.”
Viagem
Bolsonaro deve desembarcar com parte de sua equipe na
terça-feira (6), em Brasília, para uma série de reuniões. Ele pretende ficar na
capital até o dia 8.
Segundo o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS),
confirmado para assumir como ministro-chefe da Casa Civil, o presidente eleito
terá reuniões com representantes dos três Poderes – Judiciário, Legislativo e
Executivo.
A expectativa é que as reuniões de Bolsonaro ocorram,
separadamente, com os presidentes do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli; da
Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE).
Na quarta-feira (7), Bolsonaro se reúne com o presidente
Michel Temer com quem já conversou algumas vezes por telefone e disse estar
grato por se colocar à disposição para colaborar na transição.
Transição
O governo de transição começa a trabalhar ativamente esta
semana em Brasília, no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), que fica
próximo ao Palácio do Planalto e à Esplanada dos Ministérios.
Para o futuro governo, Bolsonaro confirmou cinco nomes: o general
da reserva Augusto Heleno para a Defesa; Paulo Guedes, para o superministério
da Economia; o juiz Sérgio Moro, para a Justiça; Onyx Lorenzoni, para a Casa
Civil, e Marcos Pontes, para Ciência e Tecnologia.
O presidente eleito confirmou que pretende reduzir o número
de ministérios de 29 para 15 ou 17. O número exato ainda não foi definido.
Agência Brasil