Itaperuna, Natividade e Italva concentram o maior volume de casos.
O Governo do Rio de Janeiro, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ), divulgou ontem (28/12) o segundo Boletim Panorama da Dengue sobre a situação epidemiológica da dengue nas nove regiões do Rio de Janeiro, com dados registrados até terça-feira, 26 de dezembro. Além de apresentar o cenário atual, com número de casos notificados e comparativo com a série histórica da doença nos últimos 10 anos, o documento apresenta a tendência de cada município, calculada a partir de uma fórmula matemática que estima o atraso nas notificações.
Elaborado por técnicos do Centro de Informação Estratégica
de Vigilância em Saúde, que compõe o Centro de Inteligência em Saúde da SES-RJ
(CIEVS/CIS-RJ), o boletim Panorama Dengue deixa evidente que o estado do Rio de
Janeiro mantém tendência de aumento na transmissão de casos da doença, com
circulação bem acima do limite máximo esperado para o momento.
Em Italva, Natividade e Itaperuna estão concentrados os
maiores volumes de casos da dengue no noroeste fluminense, porém se observa os
dois primeiros aparecem entre os municípios que registram maiores incidências
do estado. No caso de Italva, o governo municipal vem desenvolvendo ações para
combater o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika
vírus.
O estudo apresentado pela Secretaria de Saúde do Estado
detalha que, “quando observado o índice de incidência da dengue, que é a
relação do número de casos por 100 mil habitantes, oito cidades apresentam
patamares elevados, acima de 200 casos/100 mil habitantes”, Italva é uma
delas, além de Itatiaia, Natividade, Resende, Rio das Ostras, Comendador Levy
Gasparian, Porto Real e Três Rios.
A secretária estadual de Saúde, Claudia Mello, alerta para a
importância de que cada município faça a sua parte, para diminuir focos de
proliferação do mosquito transmissor. A Prefeitura de Italva vem desenvolvendo ações
contra o mosquito desde do último dia 20, através da Vigilância Ambiental.
Confira a situação de cada região
A Região Metropolitana I concentra o maior número de
casos – 87% deles na cidade do Rio de Janeiro -, quantidade acima do limite
máximo esperado e importante atraso nas notificações, reforçando tendência de
alta transmissão de dengue no estado.
A Baixada Litorânea se destaca pelo perfil de transmissão bem acima do esperado no momento, com as cidades de Rio das Ostras e São Pedro da Aldeia com o maior volume de casos e maiores incidências da região. Armação de Búzios, Iguaba Grande e São Pedro da Aldeia destacam-se pelo perfil de alta transmissão.
No Centro-Sul, a maior parte dos municípios está com
transmissão acima do esperado, com Três Rios concentrando o maior volume de
casos. Ao lado de Comendador Levy Gasparian e Sapucaia, Três Rios ocupa ainda
as maiores incidências.
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Na Baía de Ilha Grande, Angra dos Reis e Mangaratiba são os municípios com o maior número de transmissão no momento, com Angra registrando a maior concentração de casos (90%) e a maior incidência.
No Médio Paraíba, Itatiaia, Porto Real e Quatis destacam-se pela transmissão de casos acima do esperado para o momento. Resende é o município que está com maior atraso de notificações e casos acima do esperado. Itatiaia apresenta maior incidência de todo o estado do Rio.
Na Metropolitana II, todos os municípios estão sem atraso na notificação, exceto Rio Bonito, com pequeno atraso e com casos um pouco acima do esperado no momento. Itaboraí concentra maioria das notificações.
Na Região Noroeste, quase todos os municípios estão com transmissão acima do esperado no momento. Itaperuna, Natividade e Italva concentram o maior volume de casos, sendo que Natividade e Italva estão entre as cidades com maiores incidências do estado.
No Norte Fluminense, o mesmo cenário de transmissão
do Noroeste, sendo que Campos dos Goytacazes concentra a maioria de casos e
Carapebus tem a maior incidência da região.
Na Região Serrana, Cachoeiras de Macacu concentra o
maior volume de casos e a maior incidência da região, que apresenta pequeno
atraso de notificações, sobretudo em Macuco. *Fonte: SES/RJ.