Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF — Foto: Thais Magalhães/CBF/Divulgação. |
Ednaldo Rodrigues foi deposto do cargo de presidente da CBF.
A decisão foi tomada nesta quinta-feira pelos desembargadores da 21a Câmara de
Direito Privado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Os magistrados
determinaram ainda que o presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva
(STJD), José Perdiz, assuma a CBF pelo prazo de 30 dias para que conduza uma
nova eleição.
Também foram afastados os vices-presidentes da entidade. A
decisão passa a valer assim que ela for publicada, o que deve acontecer na
segunda-feira. Amanhã é feriado na Justiça. E hoje a CBF já não tem
funcionários, pois deu férias gerais.
Segundo o entendimento dos desembargadores, o Termo de
Acordo de Contuda (TAC), assinado entre o Ministério Público e a CBF, é ilegal,
pelo fato de o órgão não ter legitimidade para interferir nos assuntos internos
da Confederação e por se tratar de uma entidade privada. A decisão foi unânime
e a CBF irá recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).
CONTINUA DEPOIS DA PUBLCIDADE
Entenda o caso
Em 2018, o MPRJ moveu uma ação contra a CBF por entender que
o estatuto da entidade estava em desacordo com a Lei Pelé, que previa peso
igualitário entre federações e clubes. Porém, no meio do caminho, o então
presidente da CBF, Rogério Caboclo, foi afastado do cargo por causa de
denúncias de assédio sexual.
Ednaldo Rodrigues, que era vice à época, assumiu como
interino e negociou o TAC com o MPRJ. A eleição de Caboclo foi anulada, outra
marcada e o próprio Ednaldo eleito.
O questionamento dos demais vices que faziam parte da
administração de Caboclo é que eles não foram consultados sobre o acordo e que
foram prejudicados pelo seu desdobramento, já que também precisaram sair de
seus cargos. Além disso, dizem que o juízo de 1º grau não tinha competência
para homologar o acordo.
A CBF diz que é vítima de um golpe orquestrado por Marco
Polo Del Nero e Ricardo Teixeira. *Fonte: Extra.