A Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) recebeu a
confirmação dos primeiros dois casos de dengue tipo 3 este ano. Segundo a
Pasta, trata-se de uma mulher de 39 anos, de Paraty, na Costa Verde, e uma
criança, de um ano, de Maricá, na Região Metropolitana. Os dois casos ocorreram
nos dias 25 e 26 de fevereiro, respectivamente, e foram confirmados pelo
Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels (Lancen-RJ) e pelo Laboratório
de Referência da Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz). As duas foram medicadas e
passam bem.
Ainda segundo a SES-RJ, os dois casos serão investigados
pelos municípios para saber se são autóctones (aconteceram dentro dos
territórios) ou se são importados. O sorotipo 3 não circulava no estado do Rio
de Janeiro desde 2007, o que amplia a margem de pessoas que nunca tiveram
contato com o vírus. Um levantamento da Secretaria estimou que cerca de 4,8
milhões de pessoas estariam vulneráveis a este sorotipo.
Um levantamento da Secretaria estimou que cerca de 4,8
milhões de pessoas estariam vulneráveis a este sorotipo.
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“Este é um ponto de atenção para redobrarmos os cuidados e
continuarmos em alerta. Como o tipo 3 não circula no estado há muito tempo,
existe uma boa parcela da população mais suscetível à doença. A Secretaria vai
manter o monitoramento dos casos e definir ações específicas caso identifique
uma mudança de cenário”, afirmou a secretária de Estado de Saúde, Claudia
Mello.
Os sintomas da dengue tipo 3 são os mesmos dos tipos 1,2 e
4, sendo os principais: febre alta (> 38°C); dor no corpo e articulações;
náuseas e vômitos, dor atrás dos olhos; mal-estar; falta de apetite; dor de
cabeça; manchas vermelhas no corpo.
Este ano, o estado vinha registrando apenas casos de dengue
dos tipos 1 e 2, com predomínio do sorotipo 1. De acordo com os dados do
Boletim Panorama da Dengue, divulgado nesta sexta-feira (5), o atual cenário da
doença ainda é de Emergência em Saúde Pública, com o estado se mantendo no
nível 3, o mais alto de alerta contra a dengue.*SES/RJ.