Ministério Público denuncia prefeito de Belford Roxo por fraude em licitação

 


O Ministério Público estadual denunciou o prefeito de Belford Roxo, Wagner dos Santos Carneiro (foto), o Waguinho, pelo crime de fraude em licitação.

Waguinho, segundo o MP, deu pouca publicidade aos editais de licitações em 2018 cujo objetivo era contratar serviços para combater o mosquito Aedes Aegypti.

Os editais, conforme apurado, não eram divulgados no site da Prefeitura de Belford Roxo, prejudicando os interessados.

Uma empresa, a empresa Trixmaq Eireli Epp relatou na ocasião que os documentos não eram fornecidos, apesar de seus prepostos terem comparecido à Prefeitura . A empresa impetrou mandado de segurança e obteve a suspensão de um dos pregões.

"Os elementos de prova colhidos durante a fase inquisitorial demonstraram a existência de padrão comportamental de todos os agentes públicos instados a fornecer o edital, no sentido de dificultar/impedir o acesso aos documentos públicos, denotando um agir coordenado e ensaiado dos agentes públicos", descreve trecho da denúncia oferecida à Justiça.

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A ação penal demonstra que, apesar de o instrumento convocatório não ter sido disponibilizado para terceiros (online ou presencialmente), a Rag Rodrigues Confecção e Comércio, empresa de um dos denunciados, compareceu no dia da sessão pública, apresentou sua proposta e se sagrou vencedora. Ressalta, ainda, que o prefeito "concorreu de forma eficaz para consumação do crime, ao homologar o certame licitatório, subscrever a nota de empenho, retificar a homologação e assinar o instrumento contratual, chancelando os atos administrativos praticados pelos demais denunciados".

Também foram denunciados o pregoeiro Cássio da Rocha Brum, o ex-secretário de Saúde Vander Louzada de Araújo, o ex-secretário Executivo de Controle de Zoonoses Vinícius Augusto da Costa, o assessor especial de Serviços na Secretaria de Saúde Edson Menezes da Silva, e o empresário Ricardo Augusto Guimarães Rodrigues.

Os elementos colhidos durante as investigações indicam o ajuste dos agentes públicos com os particulares que seriam beneficiados com a contratação, inclusive com a participação de pessoas jurídicas que sequer teriam retirado os editais e participaram do certame formulando propostas.

A denúncia também destaca que o objeto social das três empresas que participaram do certame não guarda pertinência com os objetos sociais listados em seus atos constitutivos. Os serviços listados pelas empresas vão desde atividades de engenharia até a locação de automóveis, passando por lavanderia, chaveiro, serviços de encadernação e plastificação, serviços de alimentação para eventos e recepções, filmagens, consultoria em TI e serviços de transporte rodoviário coletivo de passageiros.

O Tribunal de Contas do Estado (TCE/RJ) reconheceu a ilegalidade e responsabilidade direta do prefeito Waguinho e aplicou multa no valor de R$ 17.105,50 mil ao denunciado. Além da condenação dos denunciados, o MPRJ requer a reparação dos danos materiais, no mínimo, os causados ao erário municipal, em princípio, no valor de R$ 319.540 mil.

A denúncia foi oferecida junto ao 4º Grupo de Câmaras Criminais do Tribunal de Justiça do Rio, no dia 09/02, tendo o sigilo judicial sido levantado na última segunda-feira, 20/05. *Fonte: MPRJ.


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