Sob pressão de muitos setores — bares, restaurantes, aviação
— e da sociedade civil, o Ministro de Minas e Energia Alexandre Silveira
deixou para a semana que vem a decisão sobre a volta ou não do horário de
verão. Em reunião desta última semana com diretores do Operador Nacional do
Sistema Elétrico (ONS), Silveira disse que a medida só será adotada se for
imprescindível para a economia de energia.
Segundo o ministro, a volta do horário de verão é um tema
transversal, que não pode ser avaliado apenas do ponto de vista da economia,
mas também levando em conta as necessidades da sociedade e do setor
produtivo.
Empresas Comemoram
Diante da fala do ministro Silveira de que a medida só será
tomada se for realmente necessária e que ainda pode ficar para o ano que vem,
as empresas aéreas reagiram. Segundo representantes do setor de aviação, é
preciso um prazo de seis meses para que sejam feitos ajustes de horários e
conexões entre os voos.
A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR), em
nota, informa que “a entrada súbita do horário de verão causará, por parte das
empresas aéreas brasileiras, alterações de horários em cidades brasileiras e
internacionais que não aderem à nova hora legal de Brasília. Isso mudará a hora
de saída/chegada dos voos, podendo gerar a perda do embarque pelos clientes por
apresentação tardia e eventual perda de conectividade.”
Ainda segundo a ABEAR, a possibilidade de adiamento
da medida para 2025 está alinhada ao princípio da previsibilidade, fundamental
para ajustar questões logísticas e operacionais.