Morre Cid Moreira, ex-âncora da Globo, aos 97 anos


O primeiro âncora do Jornal Nacional da Rede Globo, por décadas,  Cid Moreira, morreu nesta quinta-feira (03/10), aos 97 anos. O apresentador estava internado em um hospital em Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, tratando uma pneumonia. Conhecido pela voz marcante e grave, Cid também foi locutor de matérias do Fantástico, principalmente do quadro de ilusionismo do Mr. M. Ele deixa a esposa, Fátima Moreira. Como titular do JN, Cid Moreira apresentou 8.000 edições do telejornal.

Em entrevista ao Encontro com Patrícia Poeta, Fátima Moreira revelou que o casal se mudou para perto do hospital para que o marido pudesse fazer diálise e que ele permaneceu lúcido até seus últimos momentos. “Passei os últimos dias aqui com ele, não tinha outro lugar que eu poderia estar. Ele dizia estar cansado, não contei para ninguém para garantir sua privacidade e confortá-lo. Mas ele estava lúcido até o fim”, contou Fátima no programa da Globo.

O apresentador Cid Moreira nasceu em Taubaté, no Vale do Paraíba, em 29 de setembro de 1927, e tinha acabado de completar 97 anos na última sexta-feira. Ele iniciou sua carreira no rádio em 1944, após ser incentivado por um amigo a fazer um teste para a Rádio Difusora de Taubaté. Cinco anos depois, Moreira foi para o Rio de Janeiro para trabalhar na rádio Mayrink Veiga, onde teve suas primeiras aparições em televisão, fazendo comerciais ao vivo em programas como Além da Imaginação e Noite de Gala, da TV Rio, emissora em que estreou nos noticiários em 1963 no Jornal de Vanguarda.

Em seguida, Cid trabalhou nas emissoras Tupi, Globo, Excelsior e Continental, até fazer seu retorno para a Globo em 1969 para substituir Luís Jatobá no Jornal da Globo, além de estrear o novo telejornal da casa, o Jornal Nacional — o primeiro informativo a ser transmitido em rede nacional pela TV. Moreira dividiu a bancada com Hamilton Gomes por dois anos, depois com Sérgio Chapelin, com quem teve uma parceria longeva.

Cid Moreira comandou o Jornal Nacional por 26 anos, com seu “boa noite” grave sendo uma das frases mais marcantes da TV brasileira. Em 1996, o âncora foi substituído por William Bonner em uma reformulação do telejornal, que também passou a contar com Lillian Witte Fibe, mas o antigo apresentador permaneceu no informativo, lendo editoriais.

Outro momento marcante de Cid Moreira na memória da televisão brasileira foi sua narração do quadro de mágica do ilusionista Mr. M, que por anos fez aparições no Fantástico e foi um dos maiores sucessos da revista eletrônica.

Com sua voz característica, Cid Moreira se dedicou muito à carreira de locutor, narrando salmos bíblicos e até a Bíblia inteira em 2011, e o áudio do livro sagrado foi um sucesso vendas. *Fonte: G1.

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