Se tem alguém que leva a máxima “experiência conta muito” ao
pé da letra, esse alguém é Marlene de Paiva Teixeira. Aos 81 anos, essa
senhorinha coleciona uma ficha criminal quase tão extensa quanto sua própria
vida adulta. Presa mais uma vez, desta vez por extorsão, a vovó não está para
brincadeira: são quase seis décadas de delitos variados, provando que, no mundo
do crime, a longevidade também pode ser um trunfo
A detenção ocorreu em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio de
Janeiro, e incluiu também seu filho, Holywaldo Bruno de Paiva Macedo, conforme
informações da 23ª Delegacia de Polícia (Méier).
A trajetória criminosa de Marlene começou em 1966, aos 22
anos, quando foi autuada pela extinta Lei de Vadiagem. Desde então, acumulou
diversas passagens pela polícia, incluindo acusações de roubo, divulgação de
informações confidenciais, associação criminosa, quatro registros por
estelionato e três por extorsão. Seus crimes foram registrados não apenas na
capital fluminense, em bairros como Tijuca, Ricardo de Albuquerque e Penha, mas
também no interior do estado, em municípios como Natividade e Bom Jesus do
Itabapoana. Em 1997, Marlene também respondeu por furto em Uberlândia, Minas
Gerais.
O caso mais recente envolveu uma vítima de 65 anos, abordada
por Marlene e outros comparsas que alegavam estar armados. A vítima foi forçada
a entrar em um veículo, teve seus pertences roubados e foi coagida a realizar
saques e contratar empréstimos em uma agência bancária. Após o crime, a vítima
procurou a 23ª DP e reconheceu Marlene e seu filho por meio de fotografias.
A prisão de Marlene e Holywaldo destaca a persistência da atividade criminosa ao longo de gerações e levanta questões sobre a reincidência e a eficácia das medidas de reabilitação no sistema penal brasileiro. *Com informações de O Globo.
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